Na reta final de uma partida dramática, Matheus Nunes apareceu como o herói improvável para o Manchester City. Com um gol aos 94 minutos, o meio-campista garantiu a vitória por 2 a 1 sobre o Aston Villa e manteve a equipe de Pep Guardiola firme na briga por uma vaga na próxima Liga dos Campeões.
A imagem após o apito final falava por si só: de um lado, Guardiola vibrava como poucas vezes se viu nesta temporada; do outro, Unai Emery lamentava a queda de rendimento do Villa, que agora amarga o sétimo lugar e vê suas chances de Champions cada vez mais distantes.
O jogo começou eletrizante. Logo aos 18 segundos, Marcus Rashford — vestindo a camisa 9 do Villa — quase abriu o placar ao acertar a trave de Stefan Ortega. Foi um aviso do que estava por vir. Apesar disso, quem saiu na frente foi o City, com Bernardo Silva aproveitando uma jogada rápida pela esquerda de Omar Marmoush e, mesmo com toque de Emiliano Martínez, empurrando a bola para o fundo das redes.
Mas a vantagem durou pouco. Após revisão do VAR, o árbitro Craig Pawson marcou pênalti de Rúben Dias em Jacob Ramsey. Rashford converteu com frieza, deixando tudo igual e inflamando ainda mais a torcida visitante — e, claro, a ira de Guardiola, que acabou punido com cartão amarelo por suas reclamações intensas.
O embate ganhou ares de tensão a cada lance. Pawson passou a ser vaiado a cada decisão contrária ao City, enquanto Rashford, com farpas trocadas com a torcida adversária, seguia sendo o jogador mais perigoso em campo. Ainda assim, a falta de precisão nas finalizações e a boa atuação dos goleiros mantinham o empate.
Quando parecia que o 1 a 1 seria o placar definitivo, surgiu a estrela de Matheus Nunes. Em mais uma jogada pela esquerda, Jérémy Doku cruzou rasteiro, e Nunes apareceu no segundo poste para decretar a vitória do City no apagar das luzes, levando o Etihad Stadium à loucura.
O resultado coloca o Manchester City na terceira posição, com 61 pontos — quatro a mais que o Chelsea, sexto colocado — embora com um jogo a mais que seus principais concorrentes. Já o Aston Villa, que não vence no Etihad há 15 partidas, vê sua luta pelo G5 complicar-se ainda mais.
Em meio a críticas ao desempenho irregular na temporada, Guardiola pode respirar aliviado — por ora. Com um elenco longe do brilho dos anos anteriores, a vitória suada contra o Villa mostrou que, mesmo sem o melhor futebol, o City ainda sabe vencer quando mais importa.
E para o Aston Villa, resta a difícil missão de reagir já na semifinal da Copa da Inglaterra contra o Crystal Palace. Para Emery e seus comandados, a margem de erro diminui a cada tropeço.