Nottingham Forest chocou a todos ao deixar Omari Hutchinson e Oleksandr Zinchenko fora da lista da Europa League. A decisão vem poucos meses após ambos chegarem ao clube, incluindo Hutchinson como a maior contratação da história do time. Com apenas 22 jogadores registrados, o técnico Nuno Espírito Santo terá que se virar em um grupo difícil, enfrentando Real Betis, Porto e Malmo.
A surpresa de Forest e as regras que complicaram tudo
O Nottingham Forest, que gastou cerca de £140 milhões em 13 contratações neste verão, decidiu não incluir Omari Hutchinson e Oleksandr Zinchenko na sua lista A para a fase de grupos da Europa League, em uma decisão que gerou estranheza entre torcedores e especialistas.
O motivo principal está nas regras da UEFA: cada clube deve ter quatro jogadores formados internamente, mas Forest só tem Ryan Yates nessa categoria. Por isso, o número máximo de jogadores permitidos caiu de 25 para 22, obrigando o clube a fazer cortes drásticos.
Além de Hutchinson e Zinchenko, outros atletas ficaram de fora: o goleiro Angus Gunn, defensores Jair Cunha e Cuiabano e atacantes Jota Silva e Taiwo Awoniyi. Por outro lado, Dan Ndoye, Dilane Bakwa e Douglas Luiz foram incluídos na lista. Jogadores com menos de 21 anos que estão no clube há pelo menos dois anos, como Zach Abbott, podem ser registrados na Lista B e não ocupam a cota.
Hutchinson e Zinchenko: ausências que chamam atenção
A ausência de Hutchinson é especialmente marcante. Contratado do Ipswich por £37,5 milhões, o meia já havia feito algumas aparições como substituto, mas agora não terá oportunidade de mostrar seu talento na Europa. Já Zinchenko, que chegou por empréstimo de última hora, poderia oferecer versatilidade como lateral ou meio-campista, mas também não foi registrado para a fase de grupos.
Isso deixa o Forest com apenas três laterais especializados na lista: Neco Williams, Ola Aina e Nicolo Savona. A escassez de opções pode se tornar um problema em partidas exigentes, principalmente diante de times tradicionais como Porto e Real Betis.
Pressão sobre Nuno Espírito Santo e contexto interno
A decisão ocorre em um momento delicado para o técnico Nuno Espírito Santo, que enfrenta rumores sobre um possível atrito com o proprietário Evangelos Marinakis. Semana passada, Nuno admitiu que o relacionamento com o dono não estava “tão bom”, gerando especulações sobre seu futuro no clube. Marinakis negou qualquer problema e afirmou que ambos permanecem unidos e comprometidos com a campanha europeia.
Mesmo com todos os reforços de peso, o Forest terá que lidar com limitações impostas pelas regras da UEFA e pelo tamanho reduzido do elenco. A estreia na Europa League será em 24 de setembro contra o Real Betis, com outros duelos contra Porto e Malmo, tornando o desafio ainda mais complicado para o time inglês.
O que os torcedores estão pensando
A torcida do Forest se mostrou perplexa nas redes sociais. Muitos questionaram a estratégia do clube e criticaram a decisão de deixar fora jogadores tão importantes. Outros tentam racionalizar a situação, lembrando que mudanças na Lista A ainda podem acontecer entre a fase de grupos e a fase eliminatória, quando o clube pode ajustar o elenco.
Ainda assim, a ausência de Hutchinson e Zinchenko deixa uma sensação de mistério e tensão: como o time irá se sair em partidas tão decisivas sem suas principais estrelas? A expectativa é de que o técnico encontre soluções criativas, mas a pressão para começar bem na Europa será imensa.